segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Recordar é viver

De 1962 a 1968 trabalhei na General Electric, em seu Parque Industrial Rio, em Maria de Graça.

Uma turma da Velha Guarda tem se reunido uma vez por mês, para congraçamento e bate papo em um restaurante perto da empresa, já de longa data.


Desafio aqueles que trabalharam por lá a conseguir identificar algum daqueles da foto, que estiveram presentes em um de nossos últimos encontros...


sábado, 27 de novembro de 2010

Viva os Rebeldes!

Sempre gostei de compartilhar idéias trazendo terceiros a estar comigo, quer de minhas relações ou não. Um exemplo disso é o livro TRABALHO E VIDA PESSOAL – 50 Contos Selecionados, publicado pela Qualitymark Editora.


Fiz uma chamada na coluna da ABRH-RJ, no jornal O Globo, obtendo uma adesão extremamente significativa e de boa qualidade, o que tornou extremamente difícil selecionar apenas cinqüenta, número acordado com a editora.

Para ilustrar a obra, transcrevo um deles, de minha autoria, que mostra, principalmente, que idéias pré-concebidas podem nos levar a decisões precipitadas.

O título e o texto você encontram-se a seguir:

VIVA OS REBELDES

Época de pleno emprego, época de trazer muita gente para trabalhar na empresa. Permanente reclamação dos requisitantes pela demora em repor pessoal. Como fazer para atrair novos valores, principalmente na quantidade desejada, sendo mais ou menos 1/3 de nível superior?

Um amigo meu, do início da década de 1990, resolveu relembrar o tempo em que trabalhou na área de Recrutamento e Seleção de uma multinacional, quando atuou, especificamente na função de Recrutador e, a partir daí, resolveu contratar um sósia, achando que poderia ter dele uma efetiva contribuição, com os processos seletivos sendo acelerados e efetiva redução de custo.

Diga-se, de passagem, que a empresa entendia o processo seletivo composto de quatro fases:

  • recrutamento – localização, atração e convite a candidatos para trabalhar na empresa;
  • seleção – verificação dos requisitos básicos;
  • avaliação – feita no setor requisitante para atestar os conhecimentos técnicos inerente as necessidades do setor
  • acompanhamento – realizado no local de trabalho, pela chefia imediata, ratificando a admissão

 
Chamou as duas jovens que respondiam pela Seleção e pediu que localizassem externamente uma pessoa para ocupar a vaga, detalhando, em uma linguagem muito simples, aquelas que eram suas expectativas, Algumas das características que gostaria que tivesse, ao que me lembro, eram mais ou menos, aquelas listadas a seguir, que foram passadas da seguinte forma:

  
  • Tem que ser um TBC, ou seja, não é uma pessoa para ficar sentada na sua mesa de trabalho. Tem que Tirar a Bunda da Cadeira e ir à luta: vai ter que buscar o profissional onde ele se encontra
  • Tem que inventar fórmulas.
  • Tem que ser homem.
  • Vai ter que ir a escolas técnicas, a universidades, a centros de formação profissional, reuniões de grupos profissionais e qualquer outro lugar que lhe possa colocar frente a frente, em qualquer dia da semana, com ocupantes potenciais dos cargos para os quais a empresa buscava preencher vagas, Até em um fim de semana, um papo serve para, de antenas ligadas, vislumbrar valores para a empresa.
  • Tem que ter mais de 35 anos.
 
Alguns poucos dias depois, adentram, em sua sala, as duas psicólogas e disseram que tinham um pessoa para entrevista.

 
- OK, pode marcar. Estou com pressa, de forma que, quanto mais rápido, melhor.

 
- Está a sua espera na Seleção.

 
- Pode mandar subir.

 
- Mas tem um probleminha que precisamos discutir antes.

 
- Um probleminha? Qual?

 
- É uma mulher.

 
- Não está de acordo com o que acertei com vocês...

 
- Espera, que ainda não acabamos. É Psicóloga...

  
- Vocês estão malucas?

  
- Você está apressado, ainda não acabamos. Deixa a gente chegar até o fim e depois discutimos os detalhes.

 
- Ta bem, vá lá. Não vou dizer mais nada até vocês chegarem ao final.

 

- Terminou seu curso de Psicologia agora, há dois meses. E só tem 23 anos!

 
- Acabou? Têm certeza de que a moça não tem mais nada fora dos requisitos?

 
- Temos. É um amor de pessoa.

 

- Ok. Pode trazer a menina.

 
Não demorou cinco minutos e lá estavam as duas, levando a candidata.

 
Satisfeitas, com o processo encerrado, as selecionadoras literalmente entregaram o “produto acabado” e começavam a se retirar para que a candidata ficasse à vontade para a entrevista.

 
- Não, não! Quem disse que as senhoras vão embora?disse o entrevistador. Sentem-se que vão escutar a entrevista.

 
Com as duas meio atônitas, ouviram da candidata algo como:

 
- Legal, fiquem sim.

 
- Quando pedi à Seleção um recrutador, fui muito claro. Deveria ser do sexo masculino. Deveria ter mais de 35 anos. Deveria já ter trabalhado como recrutador visitando Centros de Formação, Escolas Técnicas e mantendo intercâmbio com outras empresas, com cerca de 70 a 85% de seu tempo na estrada, isto é, fora da empresa.

 
Após uma pausa estratégica para respirar fundo, continuou:

 
- Pelo que vejo na sua ficha e no relatório que recebi, a senhora está um pouco fora dos requisitos. Para que me tenha sido indicada pelo “meu” pessoal, a senhora deve-lhe ter impressionado significativamente. A senhora tem, agora, o desafio de me provar que deve entrar na empresa.

 
- É de desafio que eu gosto, retrucou.

 
Após mais de duas horas, e do entrevistador ter vasculhado tudo que a jovem tinha e ter cotejado em relação a sua necessidade imediata, sentiu-se vencido.

 
Mas com a satisfação de que devia abrir mão de suas convicções e te-la na equipe. Afinal tinha outros requisitos não estáticos como aqueles que estavam sendo solicitados. Era um talento que a empresa não podia correr o risco de perder.

 
Só para dar uma idéia, mais ou menos quatro anos depois, quando seu chefe deixou a organização, foi esta menina quem ocupou o seu lugar, escolhida pela Diretoria.

 
Presentemente atua como Consultora, em sua empresa, realizando trabalhos no país e no exterior.

 
Meu amigo costuma relatar que aquela foi uma das situações mais interessantes que viveu. Derrotado pelo desrespeito aos padrões estabelecidos, impôs desafio às selecionadoras, à candidata e a si próprio.

 
Com satisfação, foi vencido.

  
Viva os rebeldes!

 

 

 

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Empreendedorismo na universidade !!!... Em Oxford

Por Gustavo Loss, segundo ele próprio, "executivo com experiência nas áreas de marketing, vendas e operações de multinacionais. Natural de Vitória-ES mora em São Paulo há muitos anos, gosta de jogar tênis, viajar pelo mundo e dar opiniões". No blog http://pontodevistagustavoloss.blogspot.com/

Tenho um amigo fazendo MBA em Oxford que comentou sobre uma iniciativa bem interessante deles de estímulo ao empreendedorismo.

Reza a lenda que certa vez um grande empresário estava proferindo uma palestra sobre empreendorismo para os alunos do MBA. Em meio a apresentação foi desafiado por alguém da platéia a sair das palavras e partir para ação financiando as idéias promissoras dos estudantes. O fim da história diz que ele aceitou e aportou 500 mil libras, a universidade mais 500 e criaram um fundo de venture capital focado nos estudantes da instituição.

Não sei se a história é exatamente essa, mas o fato é que o fundo existe e está em pleno funcionamento.

Confira em http://www.sbs.ox.ac.uk/centres/entrepreneurship/venturecreation

Acho esta iniciativa fantástica, onde todos tem a ganhar:

- os alunos do MBA que fazem parte do comitê seletivo tem oportunidade de analisar inúmeras empresas, adquirindo uma experiência riquíssima que os qualifica para empreender no futuro ou mesmo montar seus proprios fundos;

- os candidatos selecionados não só ganham o financiamento deste fundo mas também a chancela de aprovação de Oxford, o que gera credibilidade junto a clientes, fornecedores e também outros potenciais parceiros capitalistas. É comum conseguirem levantar o dobro do que receberam do fundo;

- e naturalmente a universidade e o capitalista suportando o fundo também ganham, pois partindo do princípio que Oxford é um centro de excelência que atrai a nata dos executivos globalmente é de se esperar que o retorno sobre investimento de um fundo gerido por eles seja bem interessante.

Sei que no Brasil temos várias iniciativas de financiamento a empreendedores na universidade, mas geralmente suportados pelo governo e bastante focados em pesquisa básica. Acredito que, com a consolidação da estabilidade econômica e a grande expectativa de crescimento para o futuro, já é hora de se começar a ter iniciativas semelhantes a de Oxford. Segundo outro amigo isso vai acontecer quando o juro real ficar abaixo de 4%, mais que isso não valeria o risco. Vamos aguardar ...

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Propaganda Médica

Essa me foi contada por um amigo, hoje aposentado, que durante muito tempo trabalhou em laboratórios.

Relata a forma de relacionamento dos Propagandistas Médicos, querendo sempre passar um trote nos colegas ao iniciarem suas atividades neste tipo de trabalho, naquilo que chamam de BATISMO, muitas vezes com a participação e/ou incentivo dos médicos.

Logo no seu primeiro dia de trabalho um deles foi visitar um Clínico Geral muito gozador e expert em molecagem, no bom sentido. Não lhe foi difícil perceber que estava diante de mais uma oportunidade de acrescentar uma vítima ao seu já grande cartel.

Ouviu o que o Propagandista tinha a dizer, agradeceu as amostras e, quando já ia saindo, perguntou se lhe podia pedir um favor.

“- No que estiver ao meu alcance, pode contar comigo”, disse de pronto o jovem, já querendo fazer a sua média.

- Tenho uma encomenda a entregar a um amigo, também médico, um pouco abaixo daqui, nesta mesma rua. Será que você poderia fazer o favor de lhe entregar? É até mais uma oportunidade para você vender o seu peixe, da mesma forma que falou comigo.

O rapaz, empolgado, na mesma hora colocou-se a disposição.

Estranhou o peso – de mais ou menos oito quilos - mas, foi a luta,
Ao receber a encomenda, o ouiro médico mostrou-se irado, dizendo que o outro tinha sido impiedoso com êle, que aquilo era um absurdo e por aí afora.

Daí, virou-se ao “entregador” e disse:

- Com pena de você, por todo esse peso carregado, não me sinto a vontade para poder retribuir ao médico que lhe mandou aqui, também com um presente que já comprei para ele faz algum tempo.

- Não se preocupe! Deixe que eu lhe passo a Propaganda em dois segundos e depois vou até lá e faço a entrega.

E, despedindo-se, partiu para o prometido, feliz da vida por estar podendo ser útil àqueles que tão bem o atenderam.

O primeiro médico, ao receber, a encomenda, agradeceu muito pelo seu trabalho como Propagandista e mais ainda pelo favor prestado.

Logo em seguida, ligou para o primeiro, as gargalhadas: cada um tinha enviado, ao outro, dois paralelepípedos muito bem embrulhados.

Os pedidos feitos ao pobre coitado nada mais era do que uma brincadeira de extremo mau gosto, que chamavam de trote, ao perceber que o Propagandista estava começando na profissão.

sábado, 28 de agosto de 2010

Pensamentos de RH

Em uma conversa com o presidente da Qualitymark Editora, sobre os temas da sua editora, aventei a possibilidade de que editasse um  livro de pensamentos sobre Recursos Humanos, aquela que sempre foi a minha área de trabalho. Conversa vai, conversa vem, em  1997 surgiu o  Pensamentos de Recursos Humanos, com 234 páginas, apresentados em 21 temas distintos, tais como Visão, Estratégia, Liderança, Estrutura de Referência, Ética, Qualidade de Vida, Cliente, Competitividade, Sucesso e outos.

Selecionei, como exemplo, dez deles que julgo interessantes para a nossa abertura:

- Não há cura para o nascimento e a morte, a não ser usufruir o intervalo. George Santayana
- Eu me interesso pelo futuro porque é lá que vou passar o resto da minha vida. C. F. Kettering
- Quero conhecer o pensamento de Deus... o resto é detalhe. Albert Einstein
- Nunca tive o a preocupação de agradar meus superiores, mas sim de ter uma equipe que estivesse contente em trabalhar comigo. Edson Vaz Musa
- Se você pode sonhar, você pode fazer. Walt Disney
- O ser humano gasta sua vida justificando o passado, reclamando do presente e temendo o futuro. Antoine Rivarol
- O mundo acabará sendo salvo pela eficiência e não pela caridade. Roberto Campos
- Tudo depende da idade: a gente nunca lê o mesmo livro, embora seja o mesmo livro de sempre. Mario Quintana
- Fé na vida, fé no homem, fé no que virá. Gonzaguinha
- Quem não se arrisca a levar um não, não pode ganhar um sim. Carlos Alberto Barbosa

sábado, 7 de agosto de 2010

Amigos em Geral

Convido-os a participar do meu blog. Dentro do tema, será muito bem recebida qualquer mensagem. Registro algumas passagens onde deixei amigos: Colégio Pedro II - Internato (até 1961) ; PUC, como aluno e professor (62 a 72); General Electric, SERPRO, Federal de Seguros; Price Waterhouse; IESA - Internacional de Engenharia; GEO SLB Consultoria. Durante mais de 15 anos tive minha empresa, Gamalfa, atuando em consultoria e publicações.

Presidi a ABRH-RJ em dois mandatos e participei da vida associativa de RH no Rio de Janeiro e em vários outros estados.

Viagens a trabalho e pessoais por quase todos os estados do Brasil e outros paises: Uruguai, Argentina, Chile, Colombia, Venezuela, Caribe, Estados Unidos, Espanha, Portugal, Japão. Ainda este ano devo assistir a formatura de meu filho na Inglaterra.